|
|
CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU Uma determinada instituição de ensino superior marcou um curso de aperfeiçoamento para suas funcionárias de setor administrativo que atendiam ao público. A data: um certo 21 de abril, dia de Tiradentes, quarta-feira, feriado nacional. O dia inteiro. O instrutor era Apolônio. Ao iniciar o evento, lá pelas oito da manhã, logo de cara, Apolônio percebeu um clima hostil. Suas considerações iniciais para quebrar o gelo, não provocavam nenhuma reação. Não era apatia, como acontece algumas vezes no começo, era antipatia mesmo. As coisas ficaram claras logo. Inicialmente, uma delas - a líder – e depois quase todas as outras, revelaram o motivo daquela revolta: estavam ali “na marra”, num feriado. Haviam sido convocadas e informadas de que era obrigatória a presença. E quem faltasse sofreria sérias represálias. Simples assim. Teria Apolônio cometido seu grande erro naquele momento? Deveria ter parado tudo ali e mandado todas pra casa? Até agora não sabe a resposta com certeza. O fato é que tocou o curso em frente, com o mesmo entusiasmo de sempre. Aliás, com o mesmo entusiasmo de um curso sobre tema semelhante, com idêntica metodologia, ministrado uma semana antes a funcionários de um hospital de uma grande universidade de Curitiba. >>continua |