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Lillian Askins

“A FALTA DE CONTATO COM OS ADULTOS IMPEDE OS JOVENS DE CRESCER” (parte final)

 

Mark Bauerlein (foto) chama os jovens de hoje de “bibliófobos”, explicando que o termo se aplica a pessoas alfabetizadas que escolhem não ler. Por exemplo, diz que os adolescentes preferem jogar vídeo game, ação que exige a leitura rápida de frases curtas em uma tela. Para Mark Bauerlein o vídeo game só existe para estimular os sentidos. Ele fornece todas as imagens. Tudo é muito rápido, para manter o jogador absorto. Ler um livro é demorado, exige imaginação, há palavras desconhecidas. A sensação de tempo decorrido é muito diferente. De acordo com o entrevistado, pode-se passar duas horas jogando um game e parecer que foram vinte minutos. Mas cinco minutos de leitura podem parecer uma hora. É claro que os adolescentes não gostam de ler! Ler dá trabalho, diz.

No entanto, Mark Bauerlein adverte que várias aptidões necessárias para a maioria das profissões não são adquiridas jogando games, mas pela leitura. Quem lê livros melhora a compreensão de texto, a redação e enriquece o vocabulário. Menciona uma pesquisa feita em universidades americanas, em 2007, que mostrou que dois terços dos professores acham o nível atual dos alunos pior que o de dez anos atrás. Mais de 42% dos ingressantes na faculdade precisam freqüentar aulas de reforço em compreensão de texto, redação e matemática. Apesar de terem sido aceitos pelas universidades, eles não têm o nível mínimo para freqüentá-las.

A entrevista termina da seguinte maneira:

Revista ÉPOCA – Como os jovens reagirão se seus pais pararem de pagar suas contas de celular e internet por causa da crise?

Bauerlein – Vão espernear e berrar feito crianças de 2 anos. Mas no fim será bom. Serão obrigados a amadurecer.

Peço aos leitores que notem: o professor Mark Bauerlein descreve uma realidade existente hoje nos Estados Unidos. Deve ser só lá. Será? <<retorna para parte 1