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COMO SEMPRE, INDIGNAÇÃO COM PRAZO DE VALIDADE

(março de 2007)

Em meados do mês passado o país foi novamente tomado pela comoção, causada pelo brutal assassinato de um menino de cinco anos no Rio de Janeiro, fato amplamente explorado pela mídia. Entre os criminosos, um menor de idade. Até o Congresso se mexeu. O Presidente da República se manifestou. A redução da maioridade penal voltou à condição de panacéia. Discussões profundas e sérias mesmo, só na televisão a cabo, a que nem todos têm acesso. Até entre quem possui essa condição, raros são os que se dispõe a assistir programas assim, considerados chatos. Naquele clima, algumas pessoas, se pudessem, trucidariam o primeiro “de menor” que encontrassem. Desde que não fosse seu parente, é claro. Até as medonhas notícias sobre o aquecimento global, divulgadas naquele período, ficaram de lado.

Durou só até o Carnaval. Aí o assunto principal nos telejornais e nos programas populares de TV passou a ser a folia no Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Florianópolis e até em Joaçaba! Sem falar no substancioso debate sobre a novela das oito e o Big Brother, esse ícone da cultura ocidental contemporânea, que voltou ocupar boa parte das conversas por aí.  Mais uma vez a população somente reagiu quando viu sangue “escorrendo” pela TV. E a preocupação durou só enquanto a mídia mexeu fortemente com o assunto. O que nos leva a refletir se realmente o que existe é a “opinião pública ou a “opinião publicada”.

(Nos últimos dias a TV Globo, ainda que timidamente, mas no nobre horário do Jornal Nacional, debateu o papel da educação na segurança pública. Por exemplo, noticiou-se que nove entre dez jovens infratores não têm o ensino fundamental. Não sei se alguém prestou atenção nisso, afinal é um assunto sem graça). >>> E as soluções?