OBSERVADOR DA QUALIDADE

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FAZER O QUE GOSTA OU GOSTAR DO QUE FAZ? (Parte I)

 

Domenico De Masi, sociólogo italiano que ficou famoso no mundo inteiro pela difusão da idéia do ócio “como solução para os problemas existenciais e econômicos da humanidade”, disse o seguinte em entrevista à revista Veja, edição 1744, de 27/3/2002 (páginas amarelas): “Devemos ensinar nossos filhos e netos a fazer apenas o que eles gostam, em todos os sentidos”.

Desde aquela data fiquei invocado com a frase. Afinal, sempre ensinei aos meus filhos idéia oposta, ou seja, que para poder fazer o que se gosta, é necessário fazer uma porção de outras coisas das quais não se gosta. Fiquei me sentindo meio culpado pela possibilidade de ter passado idéias erradas.  Mas permaneci quietinho no meu canto. Ainda mais nestes tempos de glorificação do hedonismo, quando se prega a busca do prazer máximo como bem supremo (dicionário Houaiss/Uol), de consagração do egoísmo, da exaltação da forma em detrimento do conteúdo, do individualismo, do “ter” em lugar do “ser”. Apenas me atrevi a comentar o assunto – e bem baixinho - com algumas pessoas de meu círculo íntimo. Afinal, quem sou eu para divergir em voz alta desse respeitadíssimo autor vários livros de repercussão mundial, entre eles o best-seller “O Ócio Criativo” (Editora Sextante)...

parte II