OBSERVADOR DA QUALIDADE

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(primeira semana de julho de 2005)

Vamos abordar alguns assuntos os quais alguém pode pensar que fogem do objetivo específico do site. No entanto, o tema tem tudo a ver com Qualidade, no caso relacionada à vida das pessoas.

É curioso como certas informações relevantes não têm praticamente nenhuma repercussão na mídia. E fico refletindo sobre o tipo de interesses que essa pouca ressonância atende.

Por exemplo: recentemente ouvi na Rádio CBN que, de acordo com dados do Banco Mundial, se a corrupção no Brasil fosse diminuída pela metade, também haveria igual redução na mortalidade infantil. No país, 44 crianças em cada mil nascidas, morrem antes dos cinco anos de idade. Não sei ao certo por que esta notícia não saiu com destaque no horário nobre da televisão, nem foi reportagem de capa dessas revistas semanais. Apenas desconfio. Certeza mesmo, tenho é de que esse tipo de bandido, o ladrão do dinheiro público, deveria ser equiparado aos autores de estupro e seqüestro, crimes classificados como hediondos. E, quando se fala de corrupção, não esqueçamos de que existem duas figuras, que não sobrevivem uma sem a outra: os corruptos e os corruptores.

Aparentemente, poucos se dão conta de que quem rouba o dinheiro público é responsável pela morte de crianças! Isso para falar somente da mortalidade infantil... E daí resulta que muitos aceitam como normal o “rouba mas faz...”.

Parece que as pessoas somente se sensibilizam quando vêem “sangue jorrando” no rádio e na televisão, principalmente nesses programas dedicados à exaltação de órgãos policiais. Vejam o caso daquela jovem Suzane von Richthofen. Suposta cúmplice confessa de assassinato, sua libertação esta semana provocou discussões em cada esquina, numa verdadeira comoção nacional, insuflada por certos apresentadores desses programas que geralmente mostram apenas os “ladrões de galinha”, passando ao largo de notícias envolvendo gente mais poderosa e influente (o que não é o caso da Richthofen, que apenas é de classe média alta, tem boa aparência e um sobrenome que sugere nobreza européia, o que mexe com o imaginário popular).

Afinal a morte daquelas 44 crianças parece tão banalizada e distante de cada um de nós, que não abala mais ninguém, e por isso não é notícia...

Veja outra notícia com pouquíssimo eco