OBSERVADOR DA QUALIDADE

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“SUAS ATITUDES FALAM TÃO ALTO QUE NÃO CONSIGO OUVIR O QUE VOCÊ DIZ” (2)

Certo dia, num mês de julho, Apolônio se hospedou num hotel fazenda na serra de Santa Catarina, região muito fria no inverno.  Na primeira noite, ao tomar banho, percebeu que as torneiras do chuveiro tinham a indicação “quente” ou ”fria”, inclusive em inglês. Além disso, havia um cartaz anunciando (em português e inglês), mais ou menos assim: “Colabore com a preservação do meio-ambiente. Ajude-nos a evitar o consumo excessivo de água e uso de produtos químicos. Quando quiser trocar as toalhas, favor colocá-las no cesto. Deixe-as no cabide quando ainda estiverem em uso”. Apolônio achou aquilo uma maravilha e foi dormir pensando que o mundo ainda tinha salvação. Sonhou com o tempo em que aprendeu a nadar na Voltinha. (Se você não sabe que era a Voltinha, pergunte para alguém com mais de 50 anos, tenha nascido em Canoinhas e vivido na cidade pelo menos até os quinze anos de idade).

No dia seguinte, ao acordar, Apolônio quis barbear-se. Ele costuma molhar o rosto com água quente antes de fazer a barba. Nas torneiras da pia não havia a indicação de qual era quente ou fria. Apolônio então se baseou nas torneiras do chuveiro: a da esquerda era a da água quente. E abriu a da mesma posição na pia. Passaram-se vários minutos com a água escorrendo, gelada! Apolônio estranhou a demora em esquentar, fechou a torneira esquerda e abriu a do lado direito. Em segundos, a água passou a sair quase fervendo!

É mole? Com um cartaz daquele e a torneira quente do chuveiro é a do lado esquerdo e a da pia é a do lado direito! Não se deram nem ao trabalho (que trabalho daria?) de indicar esta inversão! Assim como Apolônio gastou litros e litros de água para fazer a barba, quantos outros hóspedes fazem o mesmo?

Ou seja, a prática completamente diferente do discurso. Exatamente o que Apolônio constata por aí muitas vezes, quando ouve essa conversa de Responsabilidade Sócio-Ambiental.

Pois é, parece que Apolônio precisa reavaliar sua descrença nos norte-americanos. Pelo menos nos filósofos. <<<(Volta)