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TRABALHO REFERENTE À CONCLUSÃO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE EDUCADORES – PROFIS SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL – SENAC  SANTA CATARINA - 2ª parte

Fundamentos Teórico / Medotológicos

         <<<1ª parte

Este trabalho é parte do Programa de Desenvolvimento de Educadores – PROFIS, realizado pelo SENAC Santa Catarina, na cidade de Canoinhas, no ano de 2004.

Abrange a segunda etapa do evento, que foi constituída por três encontros mensais onde se abordaram os seguintes temas, antecipadamente analisados pelos participantes: O Processo Ensino Aprendizagem, Planejamento, Prática Pedagógica e Avaliação.

Segundo definição de CUNHA e FERLA (2002), “aprendizagem é uma modificação relativamente duradoura do comportamento através de treino, experiência e observação”. No caso dos adultos, “para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida, pois as pessoas aprendem de maneiras diversas, conforme diferentes elementos:

· Quem somos

· Onde estamos

· Nossa auto-imagem

· O que os outros esperam de nós

Para se compreender o desenvolvimento humano, é necessário discutir o processo ensino-aprendizagem considerando-se as múltiplas dimensões: cognitiva, social, emocional, biológica, etc (SENAC, 2001). Este estudo é feito a partir das chamadas perspectivas clássicas do desenvolvimento (inatismo e empirismo), classificadas como unidimensionais, e as abordagens denominadas interacionistas, representadas pelo construtivismo, de Piaget, o sócio-interacionismo de Vigotysky e o desenvolvimento emocional, de Wallon, designadas como multidimensionais.

De acordo com o inatismo, nascemos portando em nossa inteligência algumas idéias verdadeiras, INATAS, além dos princípios racionais. Já o empirismo sustenta o contrário, afirmando que a razão (com seus princípios, seus procedimentos e suas idéias) é adquirida através da experiência.

A palavra “empirismo” ou o “conhecimento empírico”, é decorrente do termo grego empeiria e significa o conhecimento adquirido por meio da experiência.

Conforme essa teoria, antes da experiência, a razão é como uma folha em branco, onde nada foi escrito, uma "tabula rasa", onde nada foi gravado. (http://www.internewwws.eti.br/coluna/filosofia/0009.shtml)

Construtivismo é uma das correntes teóricas dedicadas a explicar como a inteligência humana evolui partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.  A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de uma forma cada vez mais elaborada. Entre os defensores desta corrente, destaca-se Jean Piaget, falecido em 1980, em Genebra. (http://penta.ufrgs.br/~marcia/constru1.htm)

A abordagem sócio-interacionista concebe a aprendizagem como um fenômeno que se realiza na interação com o outro. A aprendizagem acontece por meio da internalização, a partir de um processo anterior de troca, que possui uma dimensão coletiva. Segundo o russo Lev Semenovich Vigotsky, a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento. (http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/171-TC-D4.htm).

A teoria do desenvolvimento emocional (ou cognitivo) do francês Henri Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa, que estuda o desenvolvimento humano a partir do desenvolvimento psíquico da criança. (http://www.centrorefeducacional.com.br/wallon.htm)

Nada se faz bem, sem que haja planejamento. Desde o simples ato de atravessar uma rua, quando se olha para os lados para se evitar atropelamentos, até as atividades mais complexas. É neste contexto que se enquadra o Projeto Político-Pedagógico, que é o Planejamento Geral.

José Salmaso, professor do CEFET (SP) e Raquel Fermi, professora da rede municipal da cidade de São Paulo (http://www.cefetsp.br/edu/sinergia/4p32c.html), ensinam que um projeto político-pedagógico ultrapassa a mera elaboração de planos, que só se prestam a cumprir exigências burocráticas, pois busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Contém a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.

Dizem ainda os mencionados professores, que o projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades fixados pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, primordialmente, uma tarefa que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.

Outra ferramenta de muita utilidade e importância, é o Planejamento Estratégico e Situacional (PES). Conforme o economista e professor Jackson de Toni (http://www.espacoacademico.com.br/032/32ctoni.htm), originalmente o PES diz respeito à gestão de governo, à arte de governar e é uma criação do economista chileno Carlos Matus. Diz ele que “quando nos perguntamos se estamos caminhando para onde queremos, se fazemos o necessário para atingir nossos objetivos, estamos começando a debater o problema do planejamento. A grande questão consiste em saber se somos arrastados pelo ritmo dos acontecimentos do dia-a-dia, como a força da correnteza de um rio, ou se sabemos onde chegar e concentramos nossas forças em uma direção definida. O planejamento, do ponto de vista estratégico, não é outra coisa senão a ciência e a arte de construir maior governabilidade aos nossos destinos, enquanto pessoas, organizações ou países”. No campo da educação, deve envolver todas as instâncias da escola. É constituído de algumas etapas como diagnóstico, levantamento dos chamados “nós críticos” (que também pode ser traduzidos em “ameaças” ou “pontos fracos”), fixação de metas, as ações a serem tomadas e os responsáveis por elas, além do estabelecimento de prazos e avaliação.

Prática pedagógica: um dos grandes desafios de quem se propõe a ser “mediador do conhecimento” é exatamente a existência de diversos métodos de ensino. Esta realidade é conseqüência de outra, que é o fato de que as pessoas são diferentes umas das outras, o que faz com que seja inadequado um professor utilizar sempre o mesmo e único método de ensino.

É de fundamental importância que ele esteja atento às circunstâncias, adaptando seu procedimento conforme a situação e as pessoas envolvidas.

Para concluir, reproduz-se a seguir texto de Clarilza Prado de Souza (http://www.crmariocovas.sp.gov.br/int_a.php?t=018) que tem o título Avaliação escolar: limites e possibilidades, onde a autora faz uma interessante analogia entre a avaliação escolar e os medicamentos:.

O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é inerente ao ato de aprender. Assim, o diagnóstico de dificuldades e facilidades deve ser compreendido não como um veredicto que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim como uma análise da situação escolar atual do aluno, em função das condições de ensino que estão sendo oferecidas. Nestes termos, são questões típicas de avaliações:

- Que problemas o aluno vem enfrentando?

- Por que não conseguiu alcançar determinados objetivos?

-Qual o processo de aprendizagem desenvolvido?

- Quais os resultados significativos produzidos pelo aluno?


Precauções: A avaliação escolar não deve ser empregada quando não se tem interesse em aperfeiçoar o ensino e, conseqüentemente, quando não se definiu o sentido que será dado aos resultados da avaliação. A avaliação escolar exige também que o professor tenha claro, antes de sua utilização, o significado que ele atribui a sua ação educativa.

Contra-indicações: A avaliação é contra-indicada como único instrumento para decidir sobre aprovação e reprovação do aluno. O seu uso somente para definir a progressão vertical do aluno conduz a reduções e descompromissos. A decisão de aprovação e retenção do aluno exige do coletivo da Escola uma análise das possibilidades que essa Escola pode oferecer para garantir um bom ensino.
A avaliação escolar também é contra-indicada para fazer um diagnóstico sobre a personalidade do aluno, pois sua abrangência limita-se aos objetivos do ensino do programa escolar.

A avaliação escolar é contra-indicada para fazer prognóstico de sucesso na vida. Contudo, o seu mau emprego pode expulsar o aluno da Escola, causar danos em seu auto-conceito, impedir que ele tenha acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto, restringir a partir daí suas oportunidades de participação social.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 1.     ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA - ABED – Março 2005. http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/171-TC-D4.htm.

2.     CENTRO DE REFERÊNCIA EDUCACIONAL, Março 2005 http://www.centrorefeducacional.com.br/wallon.htm.

3.     CENTRO DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO MARIO COVAS - Avaliação escolar: limites e possibilidades, Março 2005. http://www.crmariocovas.sp.gov.br/int_a.php?t=018.

4.     CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO – CEFET. Março 2005.  http://www.cefetsp.br/edu/sinergia/4p32c.html.

5.     CUNHA, Ciristiano J. C. de Almeida e FERLA, Luiz Alberto. MANUAL DO MODERADOR – Facilitando a Aprendizagem de Adultos. Florianópolis: IEA-Instituto de Estudos Avançados, 2002.

6.     ESPAÇO ACADÊMICO, Março 2005 http://www.espacoacademico.com.br/032/32ctoni.htm.

7.     INTERNEWWWS, março 2005. http://www.internewwws.eti.br/coluna/filosofia/0009.shtml.

8.     SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, Programa de Desenvolvimento de Educadores – PROFIS – Fascículo O Processo Ensino Aprendizagem, Florianópolis, 2001a.

9.     UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – Março 2005 http://penta.ufrgs.br/~marcia/constru1.htm.

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