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Monografia 3.2
Ouvir
o Cliente
A Qualidade em Serviços tem a ver com a
satisfação das expectativas do Cliente. REIS (1998), afirma que os Clientes
estão, cada vez mais, querendo Serviços conforme suas expectativas, sendo então
fundamental conhecê-las. Afirma que é mais importante manter do que captar
Clientes. Por exemplo, no caso dos bancos, pelo que se
percebe, a maioria deles troca os seus gerentes com freqüência, admitindo que
fiquem no máximo três anos em cada agência. Isto faz com que eles precisem
apresentar logo seus resultados, levando-os, geralmente, a priorizar as suas próprias
necessidades, ou seja, o cumprimento de metas gerenciais ou orçamentárias
impostas pelos superiores hierárquicos, em detrimento de metas de qualidade,
isto é, das necessidades dos Clientes. Incorrem no que DEMING (1990) classifica
como duas das doenças mortais que atingem a maior parte das empresas do mundo
ocidental: (1) ênfase nos resultados em curto prazo e (2) falta de continuidade
de propósitos. Mas como fazer para saber os desejos dos
clientes, sem incorrer no erro freqüentemente cometido que é “supor”,
“imaginar”, “adivinhar”, “achar”, ou outra forma empírica qualquer?
A resposta é: perguntar aos Clientes. LOBOS
(1993) relaciona algumas opiniões do tomador de Serviços, que julga ser
fundamental a Organização conhecer: ·
O que o
Cliente espera em relação ao Serviço oferecido. ·
Que
importância confere ao que espera do Serviço. ·
Dentro do
que espera, o conhecimento que tem do máximo que o mercado oferece. ·
O que se
pode fazer pelo Cliente “aqui e agora”. A “voz do Cliente” pode ser ouvida de
diversas maneiras. A melhor
pesquisa é aquela realizada pelo pessoal que atende diretamente os Clientes, no
dia a dia. Outras formas são: ·
Relatórios
de Pesquisa elaborados por instituições públicas e privadas (IBGE, IBOPE,
etc), às quais se têm acesso gratuito ou pago, conforme o caso. Essas
pesquisas podem antecipar tendências, descrever cenários, fornecendo informações
altamente significativas. ·
Pesquisa
Estruturada: pode ser confeccionada pela própria Organização ou contratada de
terceiros. Pode ser aplicada “in loco” ou por mala direta. ·
Entrevistas:
podem ser feitas pessoalmente ou por telefone. Segundo ALBRECHT e BRADFORD apud LOBOS (1993),
as respostas obtidas podem levar à descoberta de quatro estilos de Clientes: ·
Os
Chatos: desejam alto Desempenho do Serviço, sem se importar com o fator
Atendimento. ·
Os Colunáveis:
ao contrário do modelo anterior, não se importam muito com o Desempenho, desde
que tenham Atendimento personalizado. ·
Os
Coitadinhos: não exigem Desempenho nem Atendimento. Contentam-se com qualquer
coisa. ·
Os Gostosões:
exigem alto Desempenho e prezam muito o Atendimento. Não obstante cite o esquema acima, LOBOS
(1993) questiona a validade científica do que é proposto por ALBRECHT e
BRADFORD e propõe outra forma de análise, chamada Janela do Cliente, sobre a
qual trataremos mais adiante. Antes, vamos tratar do perfil dos colaboradores
que atuam na Linha de Frente. |