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Monografia INTRODUÇÃO As
diversas atividades existentes na economia são segmentadas, para fins de análise,
em três setores: primário, secundário e terciário. No setor primário estão
compreendidas as atividades extrativas e agropecuárias. No setor secundário
estão englobadas todas as atividades industrias ou de transformação. O
setor terciário é o setor de Serviços. Segundo
BANCO DO BRASIL (1999) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) apresenta a seguinte classificação, no Brasil, para os setores da
economia: Primário:
produção vegetal, produção animal e derivados e extração vegetal. Secundário:
indústria extrativa mineral, de transformação, da construção civil e
serviços industriais de utilidade pública. Terciário:
comércio, transportes, comunicações, instituições financeiras, administrações
públicas, aluguéis e outros serviços. SANDRONI
(1999) define Serviços como: Conjunto
das atividades que se desenvolvem especialmente nos centros urbanos e que são
diferentes das atividades industriais e agropecuárias. Tais atividades
normalmente se enquadram no assim chamado setor terciário da economia, como o
comércio, os transportes, a publicidade, a computação, as telecomunicações,
a educação, a saúde, a recreação, o setor financeiro e de seguros e a
administração pública. Mas,
porque nos ocuparmos da análise do setor de Serviços? Afinal, qual a importância
desse campo da economia, para ser objeto de uma monografia de conclusão de
curso de pós-graduação em Gestão da Qualidade e Produtividade? Comecemos
com uma observação de KOTLER e ARMSTRONG (1993), que disseram que “alguns
negócios de Serviços são enormes, com vendas e receitas totais na casa dos
trilhões de dólares”, afirmando que, na época, a prestação de Serviços
significava 77% do total de empregos e 70% do Produto Nacional Bruto (PNB) dos
Estados Unidos. Fizeram a previsão de que, até 2003, os Serviços deverão
corresponder a 90% de todos os novos empregos.
Segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1999 o setor
representou 61% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Voltemos
a SANDRONI (1999) que diz: “Tanto nos países em desenvolvimento como entre
países desenvolvidos, (Serviços) é o setor que apresenta as maiores taxas
de desenvolvimento. Nos países mais industrializados, responde por cerca da
metade do PNB e ocupa mais de 40% da força de trabalho. No Brasil, é o setor
que individualmente tem a maior participação no PNB, sendo também o de
maior percentual de pessoas empregadas”. Nota:
PNB é a soma de todos os bens e serviços
gerados num determinado período, por empresas nacionais instaladas em todo o
mundo. Já o PIB é a soma de todos os bens e serviços gerados num
determinado período, porém dentro da fronteiras geográficas do país. Afora
os argumentos de natureza econômica, outras e não menos importantes
justificativas para a confecção do presente trabalho podem ser encontradas
em dois fatos: o primeiro é que os produtos, aí incluídos bens e serviços,
estão cada vez mais parecidos. O diferencial competitivo é a forma pela qual
os Clientes terão acesso a eles, ou seja, o Atendimento. Em segundo lugar,
porque no Brasil, em geral, o setor de Serviços está muito longe de poder
ser considerado pelo menos razoável. LOBOS (1993) diz que “No Brasil, a
Qualidade em Serviços é parada dura. Tanto que pouquíssimas empresas hoje
se destacam neste particular”. E
a situação não mudou muito, de 1993 para cá. Quem já não se aborreceu
com algum prestador de serviços? No setor público a situação é
complicada, pois é corriqueiro se ter a sensação de que os funcionários
estão fazendo um favor ao atender o Contribuinte/Cliente (EXAME, 2000). Mas
no setor privado não é muito diferente, desde marceneiros, encanadores,
eletricistas, oficinas mecânicas – inclusive ou, principalmente, as de
revendas autorizadas de automóveis – até setores mais sofisticados como
instituições financeiras, companhias telefônicas e planos de saúde. Sem
esquecer as empresas de assistência técnica, que sequer agendam a data de
suas visitas, marcando para “qualquer dia da próxima semana”, por
exemplo. O Cliente é obrigado a fazer “plantão” às vezes até por vários
dias, durante o horário comercial, à espera do técnico. Este
trabalho é dividido em seis capítulos. O primeiro, SERVIÇOS VERSUS
PRODUTOS, relata, com base em bibliografia existente, as distinções
existentes no que se refere à qualidade: conceitos, princípios e suas
origens; aspectos como tangibilidade. No segundo capítulo tratamos de definições
sobre O QUE É QUALIDADE EM SERVIÇOS, de acordo com diversos autores. No
terceiro capítulo, intitulado COMO SE MEDE QUALIDADE EM SERVIÇOS, ainda de
acordo com a literatura, discorremos sobre as diversas maneiras de se medir a
qualidade em Serviços, com exemplos práticos.
TRATANDO AS RECLAMAÇÕES é o quarto capítulo, que comenta como esse
assunto vem evoluindo, incluindo rápidas referências ao Código de Defesa do
Consumidor. O quinto capítulo aborda O ATENDIMENTO TELEFÔNICO, enfatizando a
importância desse meio de comunicação para a qualidade do atendimento em
Serviços. Finalmente, no sexto capítulo, encontra-se a parte prática desta
monografia. Chamado MEDINDO A QUALIDADE DO ATENDIMENTO EM UMA AGÊNCIA DO
BANCO DO BRASIL, inicia tratando da qualidade no Serviço bancário em geral,
analisando a seguir, o Banco do Brasil em particular e apresentando os
resultados de pesquisa de campo efetuada junto a clientes do banco.
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