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QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Paulo Cézar Herbst, titular da coluna “Comentando” do jornal Ótimo, escreveu no ano passado uma matéria lamentando a campanha que vinha sendo feita nos últimos anos contra o funcionalismo público no Brasil. Inclusive, listou diversos inimigos dos servidores. Assino embaixo daquele texto. Gostaria, tardia e modestamente, de meter a colher no assunto e acrescentar um forte aliado daqueles que denigrem a imagem dos servidores públicos: é aquela parcela do próprio funcionalismo que, com sua indolência, descaso, mau atendimento aos contribuintes (clientes do serviço público), aversão a treinamentos, pouco ou nenhum apego à qualidade no atendimento, arrogância e prepotência em alguns casos, faz com que a população em geral tenha cada vez menos apreço por essa categoria de trabalhadores, que já foi tão considerada. É chover no molhado dizer que o cidadão-contribuinte precisa de um servidor público profissional, valorizado, remunerado decentemente e que tenha orgulho do que faz.

O problema é que, sai governo, entra governo e pouco acontece nessa área. De um lado estão aqueles que querem simplesmente acabar com todas as prerrogativas do funcionalismo, igualando-os de modo absoluto aos trabalhadores da iniciativa privada.  Isto significaria deixá-los à mercê da sanha dos poderosos da hora que, segundo a cultura vigente, a cada troca de mandato, tratariam de colocar no olho da rua aqueles que não fossem seus correligionários, como acontece hoje com os cargos comissionados, ditos de confiança. De outro, situam-se os setores do funcionalismo agarrados à situação atual que os torna praticamente intocáveis, não admitindo quaisquer mudanças, produzindo situações absurdas como aquela que ocorreu no final do mandato do prefeito anterior, quando um funcionário do primeiro escalão veio a público, nos microfones de um programa de rádio, queixar-se de que não conseguia fazer com que seus subordinados trabalhassem!

O jornalista Walter Medeiros, em artigo publicado na Internet (http://planeta.terra.com.br/arte/cordel/atendimento02_ServPub.htm) registra que o governo Federal, já em no ano 2000 emitiu um decreto, de n° 3507, tratando do assunto, no âmbito da Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional. Entre outros aspectos, o decreto aborda a atenção, o respeito e a cortesia no tratamento a ser dispensado aos usuários. Walter Medeiros anota: “Observando termos como “atenção”, “respeito” e ”cortesia”, teríamos apenas que lamentar o fato de vivermos num país onde é necessária uma lei dizendo da sua necessidade”.  E completa: “Serviços e servidores públicos desatenciosos, desrespeitosos e descorteses não poderão ser tolerados”.  Assino embaixo disto também.