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Reproduzimos, na íntegra, texto de Laucí Aparecida Cavalett (**)

 AS APARÊNCIAS ALGUMAS (?) VEZES ENGANAM O CLIENTE

 

O cliente resolve adquirir um imóvel na praia. Visita uma corretora de imóveis e apresenta qual o perfil do apartamento que deseja comprar. Reforça que deseja garagem privativa, pois sabe que muitos imóveis têm sistema rotativo. Afirma ainda que alguns documentos são imprescindíveis, para que no ato da compra não haja problemas. Isto posto, as visitas são iniciadas com o referido corretor. Após algum tempo, encontra um apartamento amplo, com sacada, próximo da praia.

- Mas e a garagem não é rotativa? Indaga o cliente. O corretor sinaliza que não.

- E o IPTU, condomínio, água e energia elétrica? Pergunta o cliente. Não há atraso destes itens?

- Não, retruca o corretor. O cliente agradece e diz que retornará resposta em alguns dias. E retorna sua resposta após o prazo prometido.

Agora a história começa a expor um outro corretor. Não aquele “senhor gentil, honesto”, que mostrou seriedade, ética, educação. Mas um “profissional”, o qual, ao perceber que poderia efetuar negócio, começou a dizer que algumas despesas deveriam ser pagas antes da venda, como por exemplo, a taxa do IPTU (em atraso, com um valor de R$ 4.000,00). Também o condomínio estava em atraso. A energia elétrica? Nove faturas não haviam sido pagas. O cliente fica assustado. Perde a confiança e pede para refletir. Após dois dias o corretor telefona:

- Bom dia, o senhor irá comprar o apartamento? Eu tenho outras pessoas interessadas.

- Eu gostaria de comprar, mas parece que há tantas coisas não esclarecidas. Responde o cliente. E completa: não há outras irregularidades?

- Claro que não, afirma o corretor. Está tudo certo. E então, posso chamar o proprietário para efetuar a venda? - Sim, diz o cliente, ingenuamente encantado pelo imóvel.
Na véspera do contrato ser efetuado, o cliente recebe por fax, cópia da escritura do apartamento e da garagem. Foi a gota d’água. A garagem não era privativa. Ligando para o corretor, recebe a notícia que a garagem é rotativa.

- Eu lhe disse isso desde o início, retruca o vendedor.

- Não, o senhor afirmou que era privativa, repete o cliente...

Decepcionado, o cliente desistiu da compra. Após tantas artimanhas do péssimo vendedor, compreendeu que por ser honesto, não poderia esperar o mesmo do “corretor”.

E naquele mesmo dia, o corretor ligou para cobrar porque o cliente desistira da compra. Afinal, ele havia cumprido todas as exigências do cliente. Alguns detalhes eram bobagens para que a compra não fosse efetuada. -. E reforça ainda o “bom caráter” que pensa possuir, acrescentando que ele deveria era ter exigido um sinal (R$) do negócio, assim não teria perdido tempo e dinheiro.

Moral da história: Princípios e valores, ética, independem de nossa atividade profissional. Todos desejamos alcançar êxito. Mas não precisamos agredir, transgredir e usurpar os outros para atender/alcançar nossos objetivos.

 

(**)LAUCÍ APARECIDA CAVALETT - Assessora em Gestão de Pessoas para projetos de Educação Continuada, sócia da Empresa Terra e Cia. Ltda e Mestre em História.

Contato: lauci.cavalett@terra.com.br   www.terraconsultoria.hpg.com.br   www.laucicavalett.hpg.com.br  

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